Você sabia que a fisioterapia pode ser uma grande aliada na saúde masculina, indo muito além do tratamento de dores e lesões? Um fisioterapeuta com especialização na área de urologia pode oferecer soluções eficazes para problemas como incontinência urinária, disfunção erétil e dor pélvica crônica.
Você vai conhecer agora um profissional que combina a expertise da fisioterapia tradicional com o conhecimento especializado em saúde urinária masculina. Descubra como esse profissional pode te ajudar a conquistar mais qualidade de vida e bem-estar.
Henrique Ferrarezi da Fonseca é fisioterapeuta formado pela Unileste. Com atuação voltada na área de fisioterapia pélvica especificamente voltada para a saúde do público masculino, conta que a mesma tem atuação especial no tratamento da perda urinária, que acomete a maioria dos homens após a realização da cirurgia de próstata. Seu primeiro contato com paciente urológico foi por recomendação de uma colega de profissão e o resultado foi muito satisfatório. A principal queixa dos pacientes no consultório é o incômodo em usar fraldas, cheiro de urina e dificuldade para realizar certas atividades diárias como agachar, carregar o neto, caminhar e ter uma boa noite de sono. Isso porque muitos deles relatam a perda de urina nesses momentos.
Henrique ainda relata que além da incontinência urinária é possível trabalhar a disfunção erétil com exercícios específicos para a área e dores pélvicas que pode estar relacionado com uma hiperatividade do assoalho pélvico, gerando pontos de gatilhos.
Ressalta que o trabalho em conjunto com o urologista é de extrema importância pois as dores podem ser tratadas com medicamentos como no caso das prostatites, no entanto a demora para buscar um tratamento pode causar danos comportamentais na bexiga e gerar alterações no funcionamento da mesma, tais como aumento de idas ao banheiro, diminuição do volume urinado, vontade súbita e incontrolável de precisar urinar e dor na bexiga. Esses são alguns exemplos que mesmo após o tratamento e retirada da próstata o homem pode sentir. A fisioterapia atua não somente com movimentos de contrai e relaxar. Precisamos avaliar a qualidade dessa contração, quanto tempo a pessoa consegue contrair de forma efetiva e tudo isso gera uma base para iniciar o tratamento de forma adequada, porque exercícios demais nesse caso, também pode causar problemas.
Hoje eu utilizo para tratamento o biofeedback por neuromiografia de superfície, que é parecido com o exame de eletrocardiograma. Coloca-se os eletrodos na região perineal que será analisada, sendo que o paciente consegue ver na tela a musculatura realizando a contração. Isso serve de estímulo para contrair e o paciente consegue dosar o quanto de contração ele consegue realizar. Com isso, trabalhamos tanto força quanto coordenação muscular. Além de atuarmos na parte comportamental da bexiga. Devemos sempre além de entender o caso clínico, nos colocarmos no lugar do paciente, ter empatia, porque muitos estão emocionalmente abalados, se sentem fracos, deslocados, sem vontade para realizar o treinamento e isso atrapalha a vida social, afetiva e laboral, causando grandes prejuízos psicológicos. Portanto, ao primeiro sinal não deixe de procurar ajuda especializada.