Despertar a atenção para a importância da prevenção dos partos prematuros e os cuidados com mães e bebês nascidos de forma antecipada: a campanha Novembro Roxo é apresentada anualmente, de forma global, com o objetivo de promover a conscientização e o entendimento sobre a prematuridade. No dia 17 de novembro é celebrado o Dia Mundial da Prematuridade, em alusão à causa.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o nascimento prematuro é a maior causa de mortalidade infantil no Brasil e o país ocupa a 10ª posição do ranking mundial com o maior número de bebês que nasceram de forma precoce. Em 2022, dos 2.560.320 nascidos vivos no Brasil, 11% eram prematuros. Fatores como gravidez na adolescência, ausência de pré-natal, doenças relacionadas à gestação e a desinformação são alguns dos principais motivos dos altos índices de parto prematuro no Brasil.
Com o compromisso contínuo com a saúde e bem-estar, o Hospital Márcio Cunha, administrado pela mantenedora Fundação São Francisco Xavier, tem nas ações contínuas da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, a responsabilidade de assegurar um ambiente de acolhimento com os devidos cuidados para mãe e filho após o nascimento do prematuro. Dos 20 leitos disponibilizados na unidade, 15 são para atendimentos neonatais, além de mais 15 leitos de unidade de cuidados intermediários e 5 leitos de unidade canguru. Com mais de 20 anos de atuação, a unidade celebra o crescimento no aumento da sobrevida de prematuros, a qualidade assistencial oferecida, além de poder contar com uma equipe qualificada, que dispõe de uma estrutura de alta tecnologia e contabiliza procedimentos de alta complexidade realizados com êxito.
Segundo a médica neonatologista do HMC, Vanessa Menezes Azevedo, a prematuridade pode ter repercussões a longo prazo que afetam diretamente a saúde do bebê e sua qualidade de vida, além do impacto social significativo e alto custo para a saúde. Para a neonatologista, os cuidados aos prematuros demandam zelo, empenho e protocolos específicos e multiprofissionais. “O bebê prematuro extremo precisa de ajuda para a maturidade pulmonar, para estabilizar a pressão sanguínea, para a evolução do trato gastrointestinal, entre outros cuidados. No HMC, uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e farmacêuticos clínicos realizam os cuidados necessários, 24 horas por dia”, ressalta.
A especialista destaca ainda que o objetivo dos cuidados na UTI é oferecer um ambiente seguro que proporcione o crescimento e desenvolvimento dos bebês, além de apoiar a família durante esse período.
No HMC, os cuidados e a evolução dos bebês prematuros contam com o auxílio de equipamentos modernos, como incubadoras, ventiladores mecânicos, ultrassons portáteis, berços aquecidos, monitores de sinais vitais que contribuem para a eficácia e excelência do tratamento prestado aos pacientes. Outro diferencial da unidade é o acolhimento e cuidado com o binômio mãe e recém-nascido. O método canguru é uma das ações aplicadas. A prática, utilizada no HMC e em grandes maternidades do mundo, é realizada quando o prematuro é colocado junto à mãe, pele a pele, coberto e encaixado apenas com uma faixa presa ao avental. Outras atividades, como a criação de mimos e adereços para os bebês, como tiaras e toucas, além de oficinas de produção de vestimentas especiais, como capas de super-heróis e fantasias e comemorações pelo mês de vida, também são realizadas periodicamente na unidade, para tornar o período de internação mais humanizado.