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I° CAPACITAÇÃO PARA OBSERVAÇÃO DE PRIMATAS

Por 04/02/2025No Comments3 min de leitura

Com início nas sexta-feira, dia 24 de janeiro o Parque Estadual do Rio Doce abrigou a I° Capacitação para Observação de Primatas do PERD, uma serie de palestras e treinamentos para capacitação e habilitação de guias credenciados para o exercício desta atividade, seja ela com o objetivo de turismo ou pesquisa.

o muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) que é o maior primata das américas, um dos primatas brasileiros criticamente em perigo de extinção endêmico da Mata Atlântica e que hoje ocorre apenas nos estados do Espirito Santo, Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo o PERD um dos últimos refúgios desta espécie na Mata Atlântica mineira. Conhecidos como jardineiros da floresta devido a sua importância na dispersão de sementes, esta espécie atua como prestadora de serviços ecossistêmicos, que contribuem para a estabilidade do ambiente.

O projeto Primatas PERDidos, criado em 2018, no Parque Estadual do Rio Doce (PERD), leste de Minas Gerais, tem por objetivo atuar na conservação dos primatas nativos da primeira Unidade de Conservação do estado. O nome do projeto faz um trocadilho com a abreviação do nome do parque (PERD) e as espécies de primatas que ocorrem no local, que há tempos estavam “esquecidas e perdidas”, já que não eram foco de pesquisas. O parque abriga 5 espécies de primatas: bugio-ruivo (Alouatta guariba), muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus), macaco-prego (Sapajus nigritus), sauá (Callicebus nigrifrons) e o sagui-caveirinha (Callithrix aurita). Outras duas espécies foram introduzidas no local, o sagui-da-cara-branca (C. geoffroyi) e o mico-estrela (C. penicillata).

O curso que aconteceu até o domingo, dia 26, teve o além de palestras e treinamentos, o lançamento do Guia de Bolso dos Primatas Perdidos do PERD e culminou num dia de prática de campo com os participantes na trilha do Mombaça. Durante o percurso participantes receberam informações sobre a área de vida dos muriquis e como identificá-los na mata, próximo do final da trilha, foi possível observar um grupo de muriquis, e entre eles uma mãe com filhote nas costas.

Um dos pilares desta Unidade de Conservação que é o Parque Estadual do Rio Doce é a pesquisa científica e o Parque além de hospedar grandes mamíferos, tem uma diversidade gigante de aves, é rico em fauna e flora e incentiva o desenvolvimento de pesquisas científicas em diversas áreas do conhecimento. A infraestrutura do Parque conta com viveiros, herbário, alojamentos, centros de pesquisas e treinamentos.

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