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MÃES ATÍPICAS: HEROÍNAS INVISÍVEIS QUE PEDEM SOCORRO EM SILÊNCIO

Por 12/05/2025maio 13th, 2025No Comments4 min de leitura
MÃES ATÍPICAS: HEROÍNAS INVISÍVEIS QUE PEDEM SOCORRO EM SILÊNCIO

Ontem foi  comemorado o  Dia das Mães, e entre flores, mensagens e abraços, é preciso abrirmos um espaço para uma reflexão profunda e urgente: quem cuida das mães que cuidam de tudo e de todos, mas que são esquecidas por trás de sorrisos cansados e rotinas exaustivas? Quem olha para as mães atípicas : aquelas que dedicam sua vida ao cuidado integral de filhos com deficiência, autismo ou doenças raras … como mulheres que também precisam de apoio, escuta e amor?

Ser mãe já é, por si só, uma missão desafiadora. Mas ser mãe atípica é viver uma jornada sem pausas, sem feriados, e muitas vezes, sem rede de apoio. É estar presente em cada consulta médica, em cada crise, em cada tentativa de inclusão. É lutar por direitos básicos todos os dias, enquanto enfrenta olhares de julgamento, indiferença e até abandono de familiares e amigos. A solidão é muitas vezes, sua companheira mais constante.

Tragicamente, muitas dessas mães estão adoecendo em silêncio. O número de mães atípicas em sofrimento psíquico cresce, e casos de suicídio têm se tornado cada vez mais frequentes. São mães que, cansadas de lutar sozinhas, acabam tirando a própria vida, num grito silencioso que precisa ser ouvido. Isso não pode mais ser tratado como exceção. É uma realidade que exige ação imediata do poder público, da sociedade e das próprias famílias  e amigos .

Depressão, crises de ansiedade, esgotamento físico e emocional. Esses são sintomas comuns e muitas vezes negligenciados. A sobrecarga mental, a culpa constante e a sensação de impotência diante de um sistema falho são gatilhos diários que se acumulam sem que ninguém perceba. Muitas mães pedem ajuda, mas não são ouvidas  ou pior, são julgadas por expressar cansaço.

É preciso falar sobre isso. É preciso acolher, escutar, oferecer suporte real. Precisamos de políticas públicas de saúde mental voltadas às mães cuidadoras, de centros de acolhimento, de campanhas de conscientização. E, principalmente, precisamos de empatia. De amigos e familiares que não desapareçam. De uma rede que ampare.

Que o Dia das Mães seja uma constância e que a homenagem seja também um compromisso. Que possamos olhar com mais atenção para as mães que seguem firmes por amor, mas que estão gritando por dentro. Que saibamos reconhecer os sinais: o afastamento social, o cansaço extremo, a tristeza constante. Que não esperemos por uma tragédia para estender a mão.

A você, mãe atípica, nossa mais profunda admiração. Você é forte, mas não precisa ser invencível. Você merece cuidado, descanso, escuta e acolhimento. Seu amor muda o mundo, mas o mundo também precisa mudar por você.

Se você está passando por momentos difíceis, procure ajuda. Fale com alguém de confiança ou entre em contato com serviços de apoio emocional, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), basta ligar para o número 188, gratuitamente. O atendimento é sigiloso, com total respeito à sua privacidade. Além disso, em Ipatinga, você pode contar com o apoio do CIA ( Centro de Integração Autista ) que promove atividades, eventos e oferece suporte às famílias atípicas. Para mais informações ou acolhimento, entre em contato também por meio do nosso site. Lembre-se: VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHA!

maos dadas umas as outras para apoio

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