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COMO AJUDAR UMA CRIANÇA A SE ACALMAR EM MOMENTOS DE CRISE

Por 22/03/2025No Comments5 min de leitura
Toda criança, em algum momento, pode passar por episódios de desorganização emocional como: crises, birras, choro intenso e explosões de raiva.

Toda criança, em algum momento, pode passar por episódios de desorganização emocional como: crises, birras, choro intenso e explosões de raiva. Isso são formas de expressão quando ela ainda não sabe nomear o que sente. Nessas horas, o adulto precisa ser o ponto de equilíbrio. Mas como agir?

Mantenha a calma sempre : seu tom de voz e postura influenciam diretamente na criança. Respire fundo e fale de forma tranquila.

Ofereça um espaço seguro : se possível, leve a criança para um local tranquilo, longe de estímulos excessivos, como barulhos ou aglomerações.

Ofereça segurança para a criança e para você : a criança precisa sentir que o adulto está no controle da situação. Para isso, é essencial que o próprio adulto se sinta seguro em sua abordagem. Confie no processo, mantenha-se firme, porém acolhedor e evite reagir com ansiedade ou impaciência.

Nomeie as emoções: ajude-a  identificar o que sente: “Parece que você está frustrado porque não conseguiu o que queria, certo?” Isso ensina que sentimentos podem ser compreendidos e regulados.

Use o toque e a presença: um abraço, oferecer as palmas das mãos, segurar a mão ou simplesmente estar ao lado pode transmitir segurança. Algumas crianças preferem espaço e presença, então observe o que funciona melhor para ela. Principalmente no que se refere ao abraço e toque.

Toda criança, em algum momento, pode passar por episódios de desorganização emocional como: crises, birras, choro intenso e explosões de raiva.

Trabalhe a respiração: ensinar a criança a respirar de forma controlada pode ser uma ferramenta poderosa para acalmá-la. Experimente a respiração profunda guiada: peça para ela inspirar pelo nariz contando até três e expirar pela boca contando até quatro. Você pode transformar isso em um jogo, como imaginar que está cheirando uma flor e depois apagando uma vela.

Ofereça estratégias de regulação: além da respiração outras técnicas podem ajudar, como apertar uma bola de borracha, abraçar um travesseiro, se balançar suavemente para ajudar o corpo a relaxar e até mesmo deitar de barriga para baixo.

Utilize reforço primário e reforço positivo: muitas crianças se acalmam ao ter contato com algo que gostam muito. Você pode oferecer um objeto sensorial como um bichinho de pelúcia, um pano macio ou um brinquedo preferido. Além disso elogiar e reconhecer quando a criança começa a se acalmar ajuda a reforçar o comportamento positivo: “Que bom que você está respirando fundo, isso vai te ajudar a se sentir melhor!”

Trabalhe o respeito : durante e após a crise, é importante ensinar a criança sobre respeito mútuo. Isso significa validar seus sentimentos, mas também estabelecer limites claros sobre comportamentos inadequados. Fale de maneira firme porém, respeitosa: “Entendo que você esteja bravo, mas não podemos gritar com os outros. Vamos achar uma forma melhor de resolver isso juntos?” Dessa forma, a criança aprende a expressar suas emoções de maneira saudável e respeitosa.

Dê alternativas : em vez de apenas dizer “não”, ofereça outras opções viáveis: “Agora não podemos brincar com isso, mas que tal essa outra brincadeira?”

Evite punições severas : a criança precisa aprender a lidar com as emoções, e não ser punida por senti-las. Ensine com empatia, paciência e amor

Acalmar uma criança em crise exige paciência, empatia e estratégias adequadas. Cada criança é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. O importante é oferecer segurança emocional, ensinando-a  compreender e regular suas emoções de forma saudável.

Além disso, é fundamental que os adultos também se cuidem emocionalmente. Lidar com uma criança em crise pode ser desafiador e para oferecer suporte eficaz, é essencial que o cuidador esteja equilibrado e seguro. Buscar apoio, trocar experiências e praticar o autocuidado são formas de estar emocionalmente preparado para esses momentos.

Com acolhimento, respeito e estratégias adequadas, a criança aprende que suas emoções são válidas e que existem maneiras seguras e saudáveis de expressá-las. O adulto, por sua vez, fortalece o vínculo e se torna um modelo de regulação emocional para ela. Afinal, ensinar uma criança a lidar com as emoções hoje é prepará-la para um futuro mais equilibrado e resiliente.

Toda criança, em algum momento, pode passar por episódios de desorganização emocional como: crises, birras, choro intenso e explosões de raiva.

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