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TAYLOR SHERIDAN, O REI DAS SÉRIES, E SUAS OBRAS GENIAIS – PARTE 1

Por 24/01/2025No Comments7 min de leitura

Conheça o fascinante universo de thrillers e faroestes contemporâneos do autor

Sou fascinado pela sétima arte e pelo audiovisual desde minha infância. No final dos anos 70 e no decorrer dos anos 80, minha mãe me deixava em frente à televisão e me abastecia com HQs e livros para controlar minhas estripulias. Ainda que o acesso ao cinema fosse mais escasso, relegado somente a umas poucas vezes por ano em datas especiais no saudoso Cine Cariru, em Ipatinga, cresci assistindo a comédias, aventuras, faroestes, obras de terror, de ficção científica e de dramas na TV e nas inúmeras fitas VHS das videolocadoras. Dividia minhas brincadeiras nas ruas com as comédias de Jerry Lewis e Os Trapalhões. Me empolgava com as lutas de sabres de luz do universo de Star Wars (na época ainda conhecido como Guerra nas Estrelas) e me divertia demais com as aventuras de Indiana Jones e do MacGyver, naquela saudosa salada de nostalgia que só quem viveu nesta época pode entender. E isso sem contar os saudosos desenhos animados!

Imagem: freepik.com

Tanto minha carreira quanto minha personalidade foram moldadas pela sétima arte. Mesmo que eu tenha caminhado para uma carreira bem-sucedida nas áreas de gestão e educação, o cinema, as séries, os livros e as HQs sempre foram meus grandes hobbies e válvulas de escape.

O universo criado por Taylor Sheridan, um cowboy contemporâneo com toque de Midas

Foto: imdb.com

E nesta miscelânia de inúmeras obras de arte, acabamos sempre nos esbarrando com obras autorais que se destacam pelos artistas sejam atores, diretores, produtores ou roteiristas. Quando um filme de Steven Spielberg estreava nos cinemas ou era divulgado nas propagandas das emissoras de TV, desde a década de 80, só a menção de seu nome já entregava a certeza de horas de pura diversão. Assim também acontecia com nomes como Martin Scorcese, Brian de Palma, Clint Eastwood e, mais recentemente, com Christopher Nolan, com Denis Vileneuve e com vários outros diretores renomados.

As obras que quero destacar hoje, no entanto, são de um cineasta, ator e roteirista dos Estados Unidos que emergiu em 2015 como roteirista, mesmo já tendo alguns trabalhos menores em atuação, para brilhar em obras do Cinema e da Televisão como poucos conseguiram. Seu nome é Taylor Sheridan, e para quem ainda não o conhece, entrego aqui a primeira parte de uma coletânea incrível para assistir sem medo de errar.

Em “Sicario: Terra de Ninguém” (Sicario, 2015), dirigido por Denis Villeneuve e roteirizado por Sheridan, já temos vislumbres da genialidade de seu texto com um thriller de drama, suspense policial e faroeste contemporâneo que foi aclamado pela crítica, com aprovação de 92% dos críticos no Rotten tomatoes e com nota 7.7 no IMDB. O filme conta a história de Kate Macer (Emily Blunt), uma agente do FBI recrutada para uma força-tarefa governamental com o objetivo de derrubar o líder de um poderoso e brutal cartel de drogas mexicano. Atualmente, pode ser encontrado no catálogo da Prime Video.

Depois de Sicario, Sheridan foi responsável pelo roteiro do filmaço “A Qualquer Custo” (Hell or High Water, 2016). O filme foi lançado em agosto de 2016 e recebeu elogios da crítica, estrelando Jeff Bridges, Chris Pine e Ben Foster. O roteiro de Sheridan rendeu várias indicações em prêmios importantes, incluindo BAFTA, Globo de Ouro e Oscar. Na história um pai divorciado (Chris Pine) e seu irmão mais velho (Ben Foster), um ex-condenado, recorrem a um plano desesperado para salvar a fazenda da família no oeste do Texas. O filme possui aprovação de 97% no Rotten Tomatoes, tem uma nota 7.6 no IMDB, e encontra-se atualmente disponível no catálogo da Prime Video.

Com dois sucessos na bagagem, no ano seguinte Sheridan resolveu não somente roteirizar como também dirigir um filmaço que ainda é desconhecido de muita gente. Trata-se de “Terra Selvagem” (Wind River, 2017), um triller criminal com drama, suspense e com o habitual modelo de “Western contemporâneo”, que reuniu os astros Jeremy Renner e Elizabeth Olsen, respectivamente o Gavião Arqueiro e a Feiticeira Escarlate dos filmes da Marvel, para contar uma história forte e impactante. Na sinopse, um caçador veterano (Renner), atormentado por tragédias de seu passado, ajuda uma agente do FBI (Olsen) a investigar um homicídio de uma jovem mulher numa reserva indígena em Wyoming, Estados Unidos. Com aprovação de 97% do público no Rotten Tomatoes e com nota 7.7 no IMDB, o filme possibilitou a Sheridan fechar um acordo com a Paramount Network para que sua primeira série fosse produzida no ano seguinte. Está atualmente disponível nos catálogos da Netflix e da Prime Video.

Em 2018, Sheridan foi responsável pelo roteiro da sequência de seu primeiro sucesso como roteirista. Em “Sicario: Dia do Soldado” (Sicario: Day of the Soldado), desta vez dirigido por Stefano Sollima, o filme obteve relativo sucesso e trouxe de volta as estrelas Benicio Del Toro e Josh Brolin reprisando seus papeis. Ainda que não tenha a genialidade da direção de Vileneuve, trata-se de um thriller tenso e com cenas dignas de notoriedade. Na história, a guerra contra as drogas na fronteira no México e os Estados Unidos escala quando os cartéis começam a trafegar terroristas ao território americano. Com aprovação de 66% no Rotten Tomatoes e com nota 7.1 no IMDB, “Sicario: Dia do Soldado” ainda se trata de um filme bem acima da média para os padrões atuais. Também está atualmente disponível no catálogo da Prime Video.

E ainda que os filmes acima sejam incríveis, foi nas séries de canais fechados de TV e de plataformas de streaming que a genialidade de Taylor Sheridan conseguiu alçá-lo ao título de novo Midas, aquele que transforma em ouro tudo que toca, o atual Rei das Séries.

Na próxima semana, apresentarei a vocês algumas das melhores séries e minisséries dos últimos tempos, todas consideradas grandes sucessos de Taylor Sheridan, e abordarei um pouco da sua biografia, de suas inspirações e de suas “fórmulas mágicas de sucesso”.

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Ainda estou aqui, filme nacional de Walter Salles, foi indicado ao Oscar, nesta quinta-feira (23), nas categorias de Melhor filme, de Melhor Filme Internacional e de Melhor atriz (Fernanda Torres). É a primeira vez na história que um filme brasileiro disputa a maior categoria do Oscar.

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