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COM A CHEGADA DO INVERNO, MÉDICOS REFORÇAM QUE A PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO CONTRA AS DOENÇAS INFECCIOSAS

Por 19/06/2025No Comments4 min de leitura
Dra. Maria do Socorro e Dr. Pedro Henrique Mendes e1750347295633

Com a chegada da estação mais fria do ano, é comum o aumento de doenças respiratórias, especialmente entre crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Os médicos Dr. Pedro Henrique Mendes, infectologista do Hospital Márcio Cunha, e a Dra. Maria do Socorro Anício, pediatra da Usifamília, reforçam a importância da prevenção e trazem algumas orientações para a população, a fim de que se cuidem e evitem idas desnecessárias às unidades de saúde.

Segundo o Dr. Pedro, o frio intensifica comportamentos que favorecem a propagação de vírus. “Durante o outono e o inverno, há uma queda nas temperaturas e as pessoas tendem a permanecer em ambientes fechados e aglomerados. Isso facilita a disseminação de agentes virais como Influenza, Covid-19 e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Muitas vezes, essas infecções virais acabam se complicando com infecções bacterianas, como pneumonias, sinusites e otites”, explica.

Diante desse cenário, o médico reforça que atitudes simples e cotidianas fazem toda a diferença na prevenção. “Lavar as mãos com frequência, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e evitar contato com outras pessoas ao apresentar sintomas são medidas fundamentais. Além disso, manter uma boa alimentação e hidratação ajudam a fortalecer o sistema imunológico”, orienta Dr. Pedro.

A Dra. Maria do Socorro reforça que o cuidado com o ambiente também é essencial. “Mesmo em dias frios, é importante ventilar os espaços. O ar seco favorece o ressecamento das vias respiratórias, o que facilita a entrada do vírus. Usar umidificadores, ficar atento à limpeza de estofados, tapetes e travesseiros, que acumulam poeira e ácaros”, destaca.

Ela lembra, ainda, que a exposição ao sol ajuda a tornar os ambientes mais saudáveis. “Deixe a luz natural entrar, higienize os cobertores guardados por muito tempo e, se possível, troque os travesseiros anualmente, ou utilize capas protetoras para prolongar sua vida útil”, recomenda.

O médico ressalta que o maior aliado na proteção coletiva é a vacina. “A imunização em massa é um divisor de águas. Quando a maioria da população está vacinada, a gente consegue conter a cadeia de transmissão dos vírus. Isso protege principalmente os grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com baixa imunidade”, complementa o infectologista.

Entre as novidades, está a vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório, que já está disponível na rede privada e pode ser aplicada em gestantes e idosos. “Existe um parecer favorável da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) para que essa vacina entre no SUS em breve, especialmente para as gestantes, protegendo assim os recém-nascidos, que são o grupo mais suscetível a complicações”, comenta Dr. Pedro.

Para as famílias com crianças pequenas, o alerta é claro: evitar aglomerações desnecessárias. “Às vezes o bebê acaba de nascer e já está passeando no shopping ou em casa recebendo várias visitas. É preciso ter esse cuidado. Evitar exposição precoce, manter o calendário vacinal em dia e, claro, apostar na amamentação, que é uma proteção natural importantíssima”, enfatiza Dra. Maria.

E se, apesar dos cuidados, os sintomas aparecerem, a orientação é avaliar a necessidade de ir ao pronto-socorro. “Para casos leves, como coriza e tosse fraca, é melhor buscar uma consulta em unidades básicas ou com o médico de referência. Os serviços de urgência devem ser prioridade para quem apresenta sintomas mais graves, como febre alta persistente, prostração e falta de ar”, explica Dr. Pedro.

Ambos os médicos reforçam um recado importante: cuidar da própria saúde é também um ato de cuidado com o outro. “Somos seres coletivos. Quando a gente se vacina, se cuida, mantém bons hábitos de higiene e saúde, protegemos quem está ao nosso lado. E esse cuidado coletivo faz toda a diferença”, conclui Dr. Pedro. A Dra. Maria do Socorro complementa, “a prevenção é o caminho mais eficaz. E isso começa dentro de casa, com pequenos gestos, que somados fazem um grande impacto para o bem-estar de todos”, pontua a médica.

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