
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) afetam milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Embora muitas vezes mal compreendidos, esses transtornos neurológicos impactam diretamente a forma como o indivíduo organiza sua rotina, lida com tarefas cotidianas e se relaciona com o ambiente ao seu redor.
Quem convive com TDAH ou TDA pode enfrentar dificuldades para manter o foco, concluir atividades iniciadas, gerenciar o tempo e controlar impulsos. Em ambientes escolares e profissionais, essas dificuldades muitas vezes são confundidas com desinteresse, preguiça ou falta de esforço… o que pode gerar estigmas e afetar a autoestima da pessoa diagnosticada.
Caso você suspeite que possa ter TDAH ou TDA, mas ainda não tenha um diagnóstico formal, é essencial procurar um profissional para a realização de uma avaliação neuropsicológica. Esse processo ajuda a identificar os componentes do transtorno, que frequentemente são confundidos com comportamentos como a procrastinação, pois as dificuldades de concentração, impulsividade e hiperatividade podem levar a pessoa a adiar tarefas e compromissos. No entanto, é importante entender que a procrastinação é um sintoma comum do TDAH, mas não o único. Entender a raiz dessas dificuldades é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado e conquistar mais autonomia no dia a dia.
No entanto, com o apoio adequado e algumas estratégias práticas, é possível amenizar os impactos do transtorno e melhorar a qualidade de vida. Veja algumas orientações que podem fazer a diferença no dia a dia, das pessoas com o diagnóstico:
- organização visual: o uso de quadros, listas e lembretes coloridos pode ajudar a manter as tarefas visíveis e acessíveis.
- rotina estruturada: criar horários fixos para dormir, se alimentar e trabalhar traz previsibilidade e reduz a ansiedade.
- divisão de tarefas: quebrar atividades grandes em etapas menores e mais simples facilita o início e a conclusão das mesmas.
- ambiente livre de distrações: reduzir estímulos visuais e sonoros ajuda a manter o foco em uma tarefa por vez.
- acompanhamento profissional: psicoterapia, orientação psicoeducacional e, em alguns casos, o uso de medicação são aliados importantes no tratamento.
- autocompaixão: entender que o TDAH/TDA não define o valor da pessoa é essencial para promover a aceitação e o bem-estar emocional.
Mais do que um desafio individual, é fundamental que a sociedade compreenda e acolha a neurodiversidade. Ao falar abertamente sobre o assunto, derrubamos preconceitos e abrimos espaço para um convívio mais empático e respeitoso com quem vive essa realidade todos os dias.